Festa de despedida em Cedro

A população Cedrense foi mais que gentil com as equipes do Projeto Rondon durante os 15 dias que passamos lá. E no último dia não poderia ser diferente.

A prefeitura, em parceria com a direção da escola José Urias, do amigo João Neto e da Secretaria de Educação organizaram uma festa de encerramento para que a comunidade pudesse se despedir da gente. Infelizmente, nem todos puderam ir, mas com certeza estavam lá, em nossos corações.

Para mostrar nossa gratidão por tudo o que recebemos, a EquIpê Cerrado preparou um texto de agradecimento e um vídeo para os cedrenses, com o objetivo de mostrar a todos como aquela experiência foi gratificante para cada um dos 10 rondonistas da UFU. O discurso, escrito por mim e pela Nathalia, falava sobre gratidão, respeito e amizade e terminava com a célebre frase de Vinícius de Moraes que, diga-se de passagem, é uma das minhas favoritas e contempla tudo aquilo que estávamos sentindo naquele momento. A frase é:

“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que morressem todos os meus amores. Mas não suportaria viver sem meus amigos.”

Já o vídeo (abaixo) contou nossa trajetória desde as reuniões precursoras até nossa chegada a Cedro.

Mas surpresa mesmo fomos nós que recebemos. Todos queriam demonstrar seu carinho, seja por meio de fotos, de presentes, que ganhamos da prefeitura e da Secretária de Ação Social ou mesmo de palavras de afeto dita no microfone. Não teve quem não chorasse.

E não poderia deixar de falar da festa. Teve atração musical ao vivo, com direito a participação especial na música Rebolation (mas isso é assunto para outro post), muito forró pé de serra e petiscos deliciosos. A noite não poderia ter sido melhor.

Fomos embora de Cedro. Mas Cedro sempre estará dentro de cada um de nós.



Hino do município de Cedro

Letra por Osmar Mariano Alves
Melodia por Osmar Mariano Alves


Cedro terra da esperança
Assim tu sempre vais ser,
Tua nação lhe transmite
Força para nunca perecer,
Queremos teu crescimento
Nunca teu retroceder

Reaviva com esplendor
Teu espírito juvenil,
Pernambuco te reverencia
És orgulho do Brasil


És a capital do milho
Também planta carinho e amor,
Rico em artes e cultura
Forte como o que te originou,
Teu povo miscigenado e místico
Exportando teu valor

"Quando vejo em ti o sol nascer
Cedro meu berço sagrado",
Já dizia o autor
Que nesta terra foi criado
"Sinto o coração bater
Pernambuco Cedro amado"

Tua bandeira é nosso manto
Nossa luta tua proteção,
Sua hospitalidade
Acolhendo todo cidadão
A ti saudamos eternamente
Nossa terra nosso chão

Andando pelos sertões, dos amigos que lá deixei...

É, acabou. Fomos embora de Cedro, mas carregamos com a gente um pedaço mais que especial da capital do milho.

Como todos sabem, foram duas semanas desenvolvendo atividades e ações para a população. Oferecemos sessões de cinema, oficinas de rádio, palestras sobre sexualidade na infância e na adolescência, mini-cursos de artesanato, terapia comunitária, entre outras atividades. A sabedoria, o amor, a atenção, a presteza, a amizade e o valor são as recompensas recebidas através dos gestos de cada cedrense, de cada novo amigo que cultivamos lá.

Saudades ficarão para sempre tatuadas em nossa alma. Pisamos o mapa do Brasil e conhecemos um pouco de sua realidade. A falta irá doer, já está doendo, mas o brilho ficará para sempre em nosso olhar.
Obrigado Cedro.

P.S: Aos poucos irei atualizar como foram as festas de despedida de Cedro e do 72º Batalhão de Infantaria em Petrolina, e ainda nossos últimos momentos em Pernambuco!

Última semana e várias emoções

Esta semana é a última que passaremos em Cedro. Por conta disso, a EquIpê Cerrado está cercada de atividades e ações que foram (e ainda serão) desenvolvidas.Na segunda-feira, dia 19, encerramos a capacitação para professores da rede municipal de ensino, com os temas de Educação Ambiental e Projeto Político Pedagógico. O primeiro ficou por conta dos rondonistas Wesley, Breno, Mariana, Nathalia, Lara, Larissa e Thaianne, enquanto o PPP foi ministrado por mim, Jussara. Nas avaliações que são aplicadas ao final de cada mini-curso os professores demonstraram que houve o retorno esperado e que o curso foi um sucesso.

Já na terça-feira foi iniciado o mini-curso sobre a criação e manutenção de blogs, cujo objetivo principal era incentivar a criação de um blog para Cedro. Quem quiser conhecer e acompanhar um pouco da capital pernambucana do milho pode acessar o endereço: http://www.cedrocomopovo.blogspot.com/. A página, de responsabilidade da Alécia, ainda está sendo desenvolvida, mas vale a pena esperar!

Ainda na terça, dia 20 de julho, foi também dia do amigo. Nas escolas municipais era dia de volta às aulas. Para comemorar esta data, a Thaianne, o Breno e eu preparamos e aplicamos uma atividade para as crianças e os adolescentes de todos os turnos. Pela manhã, a Thaianne cuidou das crianças, que criaram cartões para seus amiguinhos.

Enquanto isso o Breno conversava com os adolescentes, que adoraram os vídeos que ele passou. À tarde foi a minha vez de conversar com os mais adolescentes, que participaram de brincadeiras, cantaram e ainda fizeram declarações de amizades aos seus amigos da escola. No final, durante um vídeo sobre amizade, a emoção correu solta, com direito a choro e tudo. Veja o vídeo abaixo e entenda.
Eles pediram para eu cantar uma música e o repertório escolhido foi Rebolation. Acho que eles se arrependeram assim que comecei a soltar a voz, pois chorar e cantar é para poucos. (risos)

Na quarta a Gracielle deu início à oficina “Como estruturar um terapia comunitária”, com o meu apoio e do Wesley. Aplicamos vídeos e a Gracielle mostrou aos participantes como é importante a formação de um terapeuta comunitário na escola.Ontem à noite teve o final da terapia comunitária e à tarde foi realizada a oficina de rádio, aplicada aos locutores da rádio local por mim e pela Lara.

Como eu disse as atividades esta semana estão a todo vapor. Hoje será nosso último dia aqui em Cedro, pois partiremos para Petrolina no sábado pela manhã. No momento, prefiro nem pensar nisso, pois o coração começa a tremer....

Um passeio pela região de Cedro

No domingo as atividades da EquIpê Cerrado estavam marcadas somente para a parte da tarde. Assim, os rondonistas aproveitaram o período da manhã para conhecerem um pouco melhor a região de Cedro.

A primeira parada foi no Açude Barrinha. Com suas águas tranquilas e escuras, o açude mostra a contradição que existe entre a ideia que fazemos do sertão e a realidade, um pouco menos fantasiosa. Eu já disse aqui no blog que no sertão chove, em detrimento do que muitos pensam. Hoje, assim como ontem, o dia está nublado. Quando eu era criança sempre ouvia uma frase: "a água no nordeste é pouca e mal distribuída". Estando aqui, vivenciando este lugar, posso perceber que a frase não é de toda errada.

O açude é bem grande e, apesar de existirem relatos de que ele já foi bem seco, seu nível de água atualmente é impressionante, capaz de auxiliar na distribuição para o município de Cedro. E a vista é maravilhosa. A foto não me deixa mentir.



Entretanto, o verdadeiro cartão postal de Cedro é o Morro do Chapéu, que atrai romeiros de toda a região, por causa do cruzeiro que existe em seu topo. Lá, os fiéis rezam, fazem e pagam promessas de todos os tipos. A trilha até o cruzeiro é longa, mas, quando se chega ao destino final, percebe-se que valeu a pena todo o esforço.


Difícil mesmo foi convencer os rondonistas a voltarem para casa!

Feliz aniversário, Nunes!


Nesta quinta-feira, dia 15, foi dia de cantar parabéns para um aniversariante de verdade: o Sargento Nunes, ou Anjo Nunes, como ele é chamado pelos rondonistas e pela população de Cedro.

O sargento foi enviado pelo exército de Petrolina para cuidar da nossa segurança aqui no sertão e no primeiro momento virou amigo de todos. Nunes adora quando todos gritam seu nome: Anjo Nunes e batem na perna, como no vídeo do Antônio Nunes do programa Pânico na TV.

Ele nos ajuda muito e a gente se diverte demais com o jeito como ele confunde os sábados com as terças-feiras. Para ser sincera, se eu fosse contar as peripércias de Nunes, este post teria umas 15 paginações... O Nunes é só alegria!

Em homenagem a ele, fizemos um bolo e cantamos parabéns, com a presença do Coronel Edson Pierobon, coordenador do Projeto Rondon em Pernambuco. Ele esbaldou com o bolo, como você poderá notar na foto dele no post. Como dizem aqui no nordeste, “eita Nunes danado”.

À noite, Anjo Nunes ganhou outro bolo, com um soldadinho de chumbo, das crianças Bruno e Leo, que são nossos mascotes aqui na casa.

Ah,o Jean ficou com ciúmes porque desta vez os parabéns não foram para ele...

EquIpê Cerrado ministra mini-curso de Elaboração de Projetos

Por Thaianne Henriques

O primeiro curso ministrado por nossa equipe foi o de Elaboração de Projetos para programas de financiamento governamentais e não governamentais, ministrado pela Lara e por mim, Thaianne. Ontem fizemos uma palestra abordando a gestão pública e captação de recursos. Debater um pouco sobre os princípios necessários ao servidor público, como, impessoalidade, publicidade, moralidade e elegibilidade é muito importante para lembrar aos servidores quais são suas funções, seus direitos e deveres.

Na palestra de hoje foi abordada a elaboração de projetos; houve muita participação dos inscritos e muita troca de conhecimento. Discutimos a opção de buscar recursos para sanar os problemas vividos pela população de Cedro. Acredito que foram muitas informações, mas com elas será possível resolver algumas questões primordiais da cidade.

Ao final, aplicamos uma ficha de Avaliação de Atividade e me impressionou os comentários dos participantes nesta ficha, pois muitos pediram a repetição do curso e que o Projeto Rondon aconteça em todas as férias.

Em resumo, a ação teve um saldo muito positivo, visto que conseguimos ensinar tudo o que desejávamos e tivemos um feedbak positivo dos participantes.

Cedro e o lixão municipal

Como diria o ditado, “Nem tudo são flores..”. E na verdade, o que mais falta aqui em Cedro são flores. Não só literalmente. A cidade é bem pequena e a maioria de sua população mora na zona rural. Isso faz com que ela pareça menor ainda.

O povo é alegre e possui uma receptividade que, com certeza, enche nossos corações. Mas quando a gente sai um pouquinho (mais precisamente 4 km) da área urbana, levamos um susto: o lixão da cidade parece ser maior que a própria Cedro.


Ontem fomos conhecer esta área, já que trataremos de saneamento, saúde e educação ambiental em nossas ações. Não há casas (muito) perto do lixão, mas os trabalhadores (catadores e lixeiros) exercem suas funções sem quaisquer equipamentos de proteção, o que, a priori, já está errado. Fomos conversar com eles, mas parece que eles se sentiram envergonhados, talvez por trabalharem em um lixão, talvez por saberem que, sem os EPI, eles estão colocando em risco sua saúde.

A Prefeitura não se pronunciou ainda sobre a questão do Lixão. Amanhã iremos iniciar um ciclo de palestras sobre o tema de Educação Ambiental, e o foco principal será este, a fim de conscientizar a população sobre o problema.

As fotos mostram um pouco desta realidade. Mas o que eu queria colocar aqui no blog mesmo era o cheiro. Este sim ficará para sempre marcado em nossas memórias.

Dorme neném que o bicho vem pegar...

Desde o dia da seleção dos candidatos os rondonistas da EquIpê Cerrado não param um minuto. Isso porque queríamos chegar com tudo pronto aqui em Cedro, para que pudéssemos ficar tranquilos no caso de eventuais alterações que, diga-se de passagem, foi o que mais aconteceu.

Por isso, durante os dias que antecederam nossa chegada a Petrolina e depois a Cedro, pouco dormimos, já que estávamos no final do semestre letivo e ainda tínhamos que conciliar a preparação pro Projeto Rondon com as atividades acadêmicas.

 E o sono ficou atrasado. E como ninguém é de ferro, o vídeo abaixo mostra as cochiladas desta EquIpê que quando está acordada não para um minuto!


Cadê a Lara?

Procura-se: mineirinha da Lagoa Formosa, estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia, ex-rainha do Feijão em sua currutela, ops, cidade natal e fujona!

O novo bordão da nossa equipe e da equipe da UFPE, "Cadê a Lara?" (ou "Cadê Lara?" sem o artigo, para o pessoal da UFPE) é uma ação baseada no antigo desenho "Onde está o wally?" e no filme "Procurando Nemo" que possui um único objetivo: nenhum! Não, a Lara não está perdida de verdade e também não vive sumindo. A gente simplesmente gosta de procurar por ela.

Tudo isso porque um dia ela se atrasou e alguém perguntou: Cadê a Lara? Daí não teve jeito: alguns se empolgaram, outros riram, a maioria chamou por ela e hoje em dia todo mundo está procurando Lara. Na verdade, até a população cedrense grita: "Cadê Lara?". E a Lara? Por fim, está se escondendo de vergonha!

Então, se você a encontrar por aí, provavelmente ela estará fugindo de nós!!


Rádio Pontal FM - Lado a lado com você

A Rádio Pontal FM de Cedro é a única rádio da cidade. E sua nova colaboradora sou eu. Todos os dias pela manhã, bem cedinho ( 6 da matina) eu entro ao vivo no programa do Thiago para fazer uma participação em nome do Projeto Rondon em Cedro, passando a programação e chamando a comunidade para se envolver nas ações das equipes.

As outras rondonistas da EquIpê ficam em casa ficam ouvindo, me dando apoio moral e são, com certeza, minhas ouvintes mais assíduas!

Rádio Pontal FM 104,9 e Projeto Rondon - Lado a lado com a população cedrense!

Bem vindos a Cedro, a capital do milho!

Chegamos a Cedro. Na verdade, estamos aqui desde domingo de manhã, e posso dizer que a receptividade da comunidade cedrense foi uma das melhores que já recebemos. Temos uma casa a nossa disposição, com cozinheira e lavadeira, sem contar que ela grande o suficiente para acolher os 20 rondonistas (UFPE e UFU) e mais o nosso Anjo Nunes, sargento do exército do 72 Batalhão que está nos acompanhando.

No domingo à noite todos foram prestigiar a ExpoCedro e a Festa do Milho, que estava acontecendo aqui no município. Era o último dia do evento e aproveitamos a presença de boa parte da população para divulgar do Projeto Rondon e chamar todos para participarem das ações que iremos desenvolver.

Cedro tem tudo aquilo que uma boa cidade pequena tem. É alegre, acolhedora e ansiosa pelas novidades. E para aqueles que juravam que no sertão nordestino não chovia nunca, se enganaram: chove sim. Ontem mesmo choveu na parte da tarde e hoje de manhã amanheceu chovendo.

Estamos estruturando nosso trabalho em cima das necessidades da população. Muita coisa já mudou, desde que estipulamos nosso cronograma em Uberlândia. Novas palestras foram criadas e os rondonistas estão correndo atrás de material e pesquisas, a fim de passar um bom conhecimento para os cedrenses.

Ontem teve uma cerimônia de abertura, em que o prefeito e as autoridades falaram sobre a importância do Projeto Rondon para Cedro. As duas equipes se apresentaram também e no final, como eu disse nos posts anteriores, nós oferecemos aos populares deliciosos doces mineiros, entre eles pingo com amendoim, doce de leite com diversas frutas, balas de coco, entre outros. Todos adoraram e ficaram com gostinho mineiro de quero mais.


Hoje fomos na rádio Pontal FM para incentivar os ouvintes sobre os trabalhos das equipes e à noite teremos o Cine Rondon. O filme escolhido não poderia ser outro: Lula, o filho do Brasil. A Larissa (Engenharia Química-UFU) foi quem emprestou a voz para a vinheta que correrá pela cidade, chamando o povo. Ficou muito bom. Assista o vídeo abaixo.

Nos próximos posts vou contar algumas peripécias da EquIpê Cerrado por Cedro.

Dois dias em um só...

Hoje foi um daqueles dias que poderiam ser dois. Aconteceram tantas novidades que nem pareceu que um dia tem apenas 24 horas. Bom, vou tentar resumir...

Como eu havia dito, metade do efetivo dos rondonistas estavam para chegar nesta madrugada. Pois então, eles chegaram: às 4:00 da manhã. Agora somos, definitivamente, 438 rondonistas (isso mesmo, o número correto é 438 e não 437, como disse anteriormente). Mas deu dó deles. Tiveram que esperar mais de 10 horas pelo avião da FAB e quando chegaram, dormiram menos de 2 horas, já que a alvorada foi às 6:00. A menina que está dormindo na mesma beliche que eu é da UFV e veio no Sucatão (apelido carinhoso do avião). Segundo ela, dentro dele faz um calor da gota!

Após o café da manhã, fomos todos conduzidos ao auditório da Universidade Federal do Vale do São Franscico (Univasf), em Juazeiro-BA, onde participamos da solenidade da abertura oficial do Projeto Rondon - Operação Rei do Baião. Nunca vi tanta gente vestindo blusa amarela com verde, a não ser em jogos da seleção brasileira. Foi uma manhã cansativa, mas bastante divetida, com gritos de guerra de todas as universidades. O nosso, criado pela Mariana, ficou assim:

Ipê Cerrado.
Viemos para ajudar.
De Minas pro Nordeste,
Nosso lema é cooperar.
Ado, Aaado, a UFU é do cerrado.

A EquIpê Cerrado estava toda empolgada para cantar nosso grito, mas uma falha de comunicação não permitiu que pudéssemos exercer nossa criatividade. Fica pra cerimônia de encerramento. Palavra de rondonista.

Finalizada a solenidade, voltamos para Petrolina. almoçamos e.. dormimos! Claro, não somos de ferro. Ontem, como eu disse aqui no blog, a noite foi cheia e precisávamos de um descanso antes de pegarmos no batente em Cedro. Por isso, assim que acordamos, ficamos com a impressão de que o dia foi, na verdade, dois.

Após acordarmos, participamos de um treinamento de sobrevivência na Caatinga. Aliás, aqui no quartel, sempre que algum oficial fala Caatinga, devemos gritar: Caatingá (com enfâse na sílaba final). E agora ninguém para de repetir Caatingá!

O treinamento nos ensinou a conseguir água na seca, por meio dos cactos e ainda como agir quando encontrarmos com uma serpente (eu prefiro correr). Segundo os oficiais locais cobras existem somente na África, no Brasil temos serpentes. Também ficou na dúvida? Clique aqui e entenda melhor. Mas, independente da nomeclatura, ter uma cobra enrolada no braço não é algo agradável, eu garanto (aquela na foto ao lado sou eu, só aparece o braço porque ninguém merece ver minha cara de pavor!). Aliás, a EquIpê conta com a presença de dois representantes da área de biológicas, a Thaianne e o Jean.

Conhecemos também o trabalho de treinamento do combatente da Caatinga (olha ele ali do lado!). Para provar como eles exercem um trabalho bastante cansativo, o Ten. Coronel pediu para que uma moça carregasse mochila do soldado. Até então ele não havia contado que a mochila pesava 33 Kg. A vítima: esta que vos fala. Claro que todo mundo riu por eu não conseguir nem me mexer com a mochila na mão.

Bom, amanhã partimos cedo para Cedro (rimou?). Estamos muito ansiosos e alguns integrantes da EquIpê aproveitaram a noite de hoje para descansar para a viagem de quase 5 horas que faremos amanhã. A propósito, vou deixar para postar as fotos da nossa aventura de hoje lá de Cedro, pois já passou da hora de dormir.

Até lá!

E os rondonistas não param de chegar...

Ainda estamos no quartel de Petrolina. Mas agora não estamos mais sozinhos. Metade do efetivo de rondonistas já chegou e a outra metade, que virão no avião da FAB, chegará daqui a pouco, mais precisamente nesta madrugada. A equipe Alfa, que irá nos acompanhar em Cedro, já está aqui. São alunos e professores da UFPE, todos da área de biomédicas.A EquIpê Cerrado é a equipe bravo.

Hoje tivemos a tarde livre para turismo e fomos conhecer o rio São Francisco. Sua orla é linda e a ponte que passa em sua superfície divide Petrolina-PE com Juazeiro-BA. O rio também é magnifíco, imponente aos nossos olhos, mas frágil diante da ação humana. Por falar nisso, nós assistimos, depois do jantar de hoje, a uma palestra sobre a "Interligação de bacias", obra pela qual o Chico está passando (vulgo Transposição do Rio São Francisco). Claro, questionamentos sobre o assunto são inevitáveis e a galera levantou diversos temas para discussão.


À noite aconteceu uma solenidade de abertura, com a apresentação dos militares do 72º Batalhão. Muito interessante conhecer um pouco melhor este tipo de procedimento, que diga-se de passagem é bastante peculiar, contando até com a presença de um bode ( isso mesmo, BODE) como mascote.

Depois do jantar, forró. Desta vez em um mega salão, com o Trio Nordestino, banda conhecidíssima aqui no nordeste. O lugar tava até meio vazio, mas foi só chegar uns 50 rondonistas (sem exagero) para o ambiente lotar. Dançamos quadrilha, forró, aprendemos (mais ou menos)  frevo com os novos amigos de Recife e cantamos Parabéns pro Jean, nosso coordenador, com a ajuda da banda. Não, não era aniversário dele. É que é legal vê-lo fingir que não se chama Jean Carlos e que não nos conhece.

Amanhã o dia será longo. Atividade de sobrevivência na caatinga e solenidades. No domingo de manhã partimos para Cedro. Ansiedade? Imagina!

Por Jussara Cury

E a aventura começa!

Ufa! Começou ( finalmente) a nossa viagem pela caatinga pernambucana. E o dia foi longo. Por volta das 4 horas da madrugada do dia 08, um ônibus com 10 (felizes) rondonistas saiu da Universidade Federal de Uberlândia com destino à Brasília. Claro, este não era o destino final da EquIpê Cerrado. Em BSB (como é chamado o Aeroporto de capital do país) ficamos pouco tempo e logo embarcamos para Petrolina, com escala em Salvador.

Na capital baiana, esperando o horário de nossa conexão, aproveitamos o tempinho livre para conhecer a terra de Ivete, com direito a saborear um acarajé legítimo, uma tapioca arretada e ainda dar um pulo na praia de Ibaetê. Pelo caminho íamos encontrando mais rondonistas, como a turma da FSA (Piauí) e a galera da Católica de Brasília. Eram tantos sotaques diferentes que, quando embarcamos novamente,  deixamos as comissárias de bordo enlouquecidas!

Chegando em Petrolina fomos recebidos pela equipe do 72º Batalhão de Infantaria Motorizada, que nos ajudou em tudo o que foi preciso, sempre gentil e prestativa. Fomos uma das três primeiras equipes a chegarem, junto com o pessoal de Teresina e Brasília.

Em uma pequena cerimônia de boas vindas, recebemos o kit rondonista, jantamos (diga-se de passagem a comida o quartel bate de 10 à 0 em muitos restaurantes em que já fui), conhecemos nosso anjo (forma como é chamado o oficial responsável pela nossa equipe) e o coronel da operação Rei do Baiâo. E como o mundo é pequeno, fui encontrar um conterrâneo meu de Araguari em Pernambuco. Vixi.....

Ainda sobre o quartel, os alojamentos femininos nem parecem que foram, um dia, habitados por um monte de soldados. A Ten. Lílian (única mulher do batalhão) fez de tudo para que nos sentíssemos confortáveis e para que não nos faltasse nada. Contamos também com a ajuda de D. Helena, que ficará conosco até o dia de nossa ida para os municípios. Nos alojamentos masculinos, segundo relatos fidedignos, "as frescuras são menores...".
Por enquanto, como o restante dos 437 rondonistas ainda não chegaram, o alojamento está vazio, somente com as 7 mulheres da EquIpê Cerrado. A tarde, a partir das 15 horas, eles (as) começaram a chegar.

A noite não poderia ser mais típica de Petrolina: um passeio pelo Bodódromo. O que é bodódromo, eu também me perguntei.... É um lugar agradável onde a galera de Petrolina e Juazeiro se reuni para dançar um forró pé de serra e comer um bode muito bem feito. O bode a EquIpê Cerrado deixou para a próxima, mas a gente caiu na dança.

Para completar a noite, uma surpresa: o jogador da seleção brasileira de futebol Daniel Alves estava no Bodódromo também e nós, as meninas da EquIpê, não perdemos a chance de tirarmos uma foto com ele. É, realmente o mundo é bem pequeno e em Petrolina estamos nos sentindo mais em casa do que nunca! E até domingo ( quando partiremos para Cedro) muita coisa ainda acontecerá. Abraços cabra da peste para vocês!

Por Jussara Cury

Tá chegando a hora!



É hora de partir! Amanhã, a partir das 4 horas da madrugada, nossa aventura pelo nordeste brasileiro irá começar! As expectativas não poderiam ser maiores e melhores, sem contar a empolgação dos 10 rondonistas da UFU.

Nossa primeira parada será em Petrolina, onde ficaremos até o dia 11, quando partiremos para Cedro, no período da tarde. Perder a final da Copa do Mundo? Ninguém está se importando muito, "o Brasil não estará na final mesmo", afirma a rondonista Nathalia.

Já está tudo preparado, todo o material que a EquIpê Cerrado irá utilizar nas ações já foi enviado, juntamente com o presente surpresa que estamos preparando para a população de Cedro. Para comemorar o bom andamento dos preparativos, nossa turma se reuniu em uma churrascaria de Uberlândia nesta última terça, a tempo de discutirmos os últimos detalhes da viagem. Claro que aproveitamos este último dia em terras mineiras para nos conhecermos melhor e descobrir que temos mais em comum do que imaginávamos.









A todo o vapor!

 EquIpê Cerrado não vai de trem para o Pernambuco, mas está a todo o vapor na reta final de nossa ida para o sertão nordestino. Já estamos organizando os últimos preparativos para que tudo aconteça da melhor forma possível.

Corremos atrás de patrocínio e conseguimos ajuda de empresas locais para levar à Cedro um pedacinho de Uberlândia e, claro, de Minas Gerais. O que é? Por enquanto é segredo, mas temos certeza de que a população de Cedro terá uma ótima surpresa!

Enquanto não chegamos lá, estamos aqui, nos reunindo todos os dias, trabalhando em nossas ações e cursos de capacitação, a fim de oferecer à comunidade cedrense o melhor da UFU e de Minas.

E empolgação é o que não falta!















O valor da simplicidade

Em cidades pequenas, com um número reduzido de habitantes e onde todo mundo conhece todo mundo, existem peculiaridade nas quais devemos prestar bastante atenção. São pequenas coisas que, mesmo a gente presenciando uma única vez, aos nossos olhos se tornam gradiosas e ficam para sempre gravados em nossa memória.

Mas apesar das diferenças, no fundo toda cidade pequena é igual. Tem o causo do vizinho, a missa de domingo, as beatas participativas ( pra não dizer intrometidas), a melhor comida típica e a festa mais alegre da região. Uma tradição de anos e muitas histórias de encher os ouvidos.

A EquIpê Cerrado escolheu a música Simplicidade, da banda mineira Pato Fu, para anunciar sua chegada à Cedro, a fim de mostrar que, assim como na pequena cidade do sertão pernambucano, em Minas Gerais a grandeza também mora nas coisas simples da vida.

Conheça a letra da música e veja o vídeo oficial.

Simplicidade (Pato Fu)

Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia

Mais mole a cama em que durmo
Mais duro o chão que eu piso
Tem água limpa na pia
Tem dente a mais no sorriso

Busquei felicidade
Encontrei foi Maria
Ela, pinga e farinha
E eu sentindo alegria

Café tá quente no fogo
Barriga não tá vazia
Quanto mais simplicidade
Melhor o nascer do dia

Por que EquIpê Cerrado?

O Ipê amarelo é uma árvore símbolo do cerrado brasileiro, conhecida pela exuberante beleza de suas flores amarelas,  que a deixa imponente diante das demais árvores. Floresce de julho a setembro e os seus frutos amadurecem de setembro a outubro. É conhecido por marcar os ciclos sazonais no Brasil, especialmente no sudeste Brasileiro. Em Minas Gerais, embeleza as cidades do cerrados, encantando a todos.
Símbolo do ciclo da vida,  os rondonistas da Universidade Federal de Uberlândia escolheram o Ipê amarelo representar a equipe que atuará na Operação Rei Baião, que começa dia 09 de julho em Cedro-PE. A EquIpê Cerrado, como é chamada, traz em seu nome e em sua logo o formoso Ipê amarelo e a esperança de renovar este ciclo com competência, arrojo e muita, mais muita, empolgação.

Projeto Rondon 2010 - Operação Rei do Baião

O Projeto Rondon é um projeto de integração social entre universitários e comunidades carentes, coordenado pelo Ministério da Defesa em parceria com instituições de ensino superior e prefeituras municipais, por meio de ações e atividades que contribuem para o bem-estar e o desenvolvimento da população.

No mês de julho de 2010, três operações serão desenvolvidas pelo Projeto Rondon, e a Universidade Federal de Uberlândia fará parte de uma delas, a Operação Rei do Baião. E é aí que entra a EquIpê Cerrado - como é chamada pelos seus componentes - que atuará no município de Cedro, no estado de Pernambuco e já está a todo o vapor na criação e planejamento das ações que serão aplicadas durante a operação, que acontecerá entre os dias 09 e 25 de julho.

Desde o dia 15 de julho, a EquIpê Cerrado realiza encontros períodicos, e não há como negar que o entrosamento entre eles é evidente. Ninguém perde o foco, mas todos ficam loucos para comer uma pizza. Se bem que o Jean Carlos, coordenador da equipe e professor do Instituto de Biologia da UFU, prefere muito mais um churraquinho. Já o Breno, o futuro agrônomo da equipe, e a Thaianne, a quase bacharel em Biologia adoraram a pizza de merengue (na verdade só o Jean não gostou). Enquanto isso, a Lara e a Nathália, ambas do curso de Ciências Sociais, e a Larissa, futura engenheira química, disputam as batatas fritas, aproveitando um raro momento de silêncio da Jussara (Letras), já que é feio mastigar e conversar ao mesmo tempo. Mas se a coisa apertar, chamem pelo socorro da Gracielle e da Mariana, enfermeiras de prontidão. E caso seja necessário mais um nome criativo, o Wesley, do curso de Geografia, com certeza poderá criar um.

Sempre empolgada, a equipe já planejou todas as ações que irão desenvolver em Cedro e mal podem esperar para colocá-las em prática. No dia 08 eles viajam para Brasília e de lá seguem para Petrolina, e por fim desembarcam em Cedro, onde passarão 2 semanas em contato com a comunidade do sertão pernambucano.

E aqui, eles contarão tudo sobre esta experiência e prometem "mostrar pra vocês como se dança um baião. E quem quiser aprender, é favor prestar atenção".