Dois dias em um só...

Hoje foi um daqueles dias que poderiam ser dois. Aconteceram tantas novidades que nem pareceu que um dia tem apenas 24 horas. Bom, vou tentar resumir...

Como eu havia dito, metade do efetivo dos rondonistas estavam para chegar nesta madrugada. Pois então, eles chegaram: às 4:00 da manhã. Agora somos, definitivamente, 438 rondonistas (isso mesmo, o número correto é 438 e não 437, como disse anteriormente). Mas deu dó deles. Tiveram que esperar mais de 10 horas pelo avião da FAB e quando chegaram, dormiram menos de 2 horas, já que a alvorada foi às 6:00. A menina que está dormindo na mesma beliche que eu é da UFV e veio no Sucatão (apelido carinhoso do avião). Segundo ela, dentro dele faz um calor da gota!

Após o café da manhã, fomos todos conduzidos ao auditório da Universidade Federal do Vale do São Franscico (Univasf), em Juazeiro-BA, onde participamos da solenidade da abertura oficial do Projeto Rondon - Operação Rei do Baião. Nunca vi tanta gente vestindo blusa amarela com verde, a não ser em jogos da seleção brasileira. Foi uma manhã cansativa, mas bastante divetida, com gritos de guerra de todas as universidades. O nosso, criado pela Mariana, ficou assim:

Ipê Cerrado.
Viemos para ajudar.
De Minas pro Nordeste,
Nosso lema é cooperar.
Ado, Aaado, a UFU é do cerrado.

A EquIpê Cerrado estava toda empolgada para cantar nosso grito, mas uma falha de comunicação não permitiu que pudéssemos exercer nossa criatividade. Fica pra cerimônia de encerramento. Palavra de rondonista.

Finalizada a solenidade, voltamos para Petrolina. almoçamos e.. dormimos! Claro, não somos de ferro. Ontem, como eu disse aqui no blog, a noite foi cheia e precisávamos de um descanso antes de pegarmos no batente em Cedro. Por isso, assim que acordamos, ficamos com a impressão de que o dia foi, na verdade, dois.

Após acordarmos, participamos de um treinamento de sobrevivência na Caatinga. Aliás, aqui no quartel, sempre que algum oficial fala Caatinga, devemos gritar: Caatingá (com enfâse na sílaba final). E agora ninguém para de repetir Caatingá!

O treinamento nos ensinou a conseguir água na seca, por meio dos cactos e ainda como agir quando encontrarmos com uma serpente (eu prefiro correr). Segundo os oficiais locais cobras existem somente na África, no Brasil temos serpentes. Também ficou na dúvida? Clique aqui e entenda melhor. Mas, independente da nomeclatura, ter uma cobra enrolada no braço não é algo agradável, eu garanto (aquela na foto ao lado sou eu, só aparece o braço porque ninguém merece ver minha cara de pavor!). Aliás, a EquIpê conta com a presença de dois representantes da área de biológicas, a Thaianne e o Jean.

Conhecemos também o trabalho de treinamento do combatente da Caatinga (olha ele ali do lado!). Para provar como eles exercem um trabalho bastante cansativo, o Ten. Coronel pediu para que uma moça carregasse mochila do soldado. Até então ele não havia contado que a mochila pesava 33 Kg. A vítima: esta que vos fala. Claro que todo mundo riu por eu não conseguir nem me mexer com a mochila na mão.

Bom, amanhã partimos cedo para Cedro (rimou?). Estamos muito ansiosos e alguns integrantes da EquIpê aproveitaram a noite de hoje para descansar para a viagem de quase 5 horas que faremos amanhã. A propósito, vou deixar para postar as fotos da nossa aventura de hoje lá de Cedro, pois já passou da hora de dormir.

Até lá!

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